“O Teresinha!!” “Uuuuuu” “Eu vim pra confundir e não para explicar” são bordões que o filme “Chacrinha: O Velho Guerreiro” resgata para o deleite do público mais velho e pra diversão do público mais jovem. Com roteiro do cartunista e humorista Claudio Paiva (era o redator chefe da saudosa TV Pirata) o filme é bem divertido, descontraído e para quase todas idades. Falamos ‘quase’ todas visto que quem assistiu um pouco do Velho Guerreiro sabe que o politicamente incorreto e difícil de lidar sem dúvidas está presente no filme também. O filme conta a história do Velho Guerreiro a partir do momento em que ele chega ao Rio de Janeiro de forma totalmente inesperada e aleatória para tentar conquistar seus sonhos ainda nos anos 40, mostrando a sua trajetória na rádio e televisão, não se aprofundando muito em questões pessoais e familiares. Justo, afinal Chacrinha foi considerado um dos maiores comunicadores do mundo por diversos estudiosos. O filme mostra isso, a mágica de um homem que acreditou em seus objetivos, com um humor escrachado e nada correto que conquistou multidões. Talvez fosse um tipo de humor e programa que nos dias atuais não funcionaria, mas em todos os anos como comunicador em rádio e televisão ele conquistou muitos adultos e crianças. E essa é a magia do filme – apesar de um roteiro raso em questão de aprofundamento de personagens e até do próprio Chacrinha, cumpriu bem a intenção de divertir e contar a parte considerável para comunicação brasileira. A impressão que o filme deixou seguiu um dos bordões do Velho Guerreiro: “eu vim para confundir e não para explicar” visto que deixou muitas coisas implícitas (como os casos extraconjugais de Chacrinha) ou como sua vida mudava constantemente devido ao seu gênio difícil e mau humor. Mas vale a pena conferir, por diversão ou simplesmente pelo saudosismo de ver mais um pouco do Velho Guerreiro que os atores Stepan Nercessian e Eduardo Sterblitch souberam trazer a vida tão bem.

Critica by Michelle Roque

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