Por Michelle Roque

Ironicamente, em 007 – Sem Tempo para morrer é justamente o tempo para Daniel Craig como James Bond se esgota após 15 anos e cinco filmes. E a espera por esse filme valeu a pena, visto que ele resgatou os clássicos dos filmes de James Bond e trouxe algumas inovações. O que é realmente surpreendente para um filme que trocou de roteiristas e de diretor ao longo de sua produção, tendo seus diálogos alterados ou recriados- após “divergências criativas” com o estúdio, Danny Boyle saiu do projeto e deu lugar a Cary Joji Fukunaga.

O filme fechou com chave de ouro a participação de Daniel Craig no papel de James Bond, com diversas cenas de ação e perseguição, apetrechos do super espião, bebidas, romance, vilões desfigurados e caricatos.

O elenco também é brilhante, com Rami Malek (vencedor do Oscar de melhor ator com Bohemian Rahpsody) como vilão o vingativo Lyutsifer Safin, que usa uma máscara japonesa Noh para cobrir seu rosto desfigurado quando criança.É um vilão que ficou esplêndido em sua motivação mas que infelizmente aparece menos do que o esperado no filme. Outras atuações incríveis ficaram por conta de Ralph Fiennes como M. e Ana de Armas, como Paloma, que teve uma pequena mas significativa participação em uma cena de luta incrível.

Também nesse filme Madeline Swan continua como a “Bond Girl” mas temos uma adição de uma mulher poderosa como a nova agente 007, Nomi (Lashana Lynch), que traz um toque de leveza e humor para o filme em algumas cenas.

007 Sem Tempo pra Morrer é justamente para o James Bond que ao final do filme antecessor se aposenta mas que é obrigado a volta à ativa mas de uma forma mais leve (cansa talvez?) e até mais família o que é meio estranho para o agente secreto (no filmes ele mesmo fica sem reação com isso). Talvez o tempo realmente tenha pesado para o velho agente e é uma das reflexões que o filme explora subjetivamente.

Para quem curte filmes de ação e adoro um bom clássico, 007 Sem Tempo Morrer é uma ótima pedida!