Horácio, (Pablo Echarri), um argentino naturalizado brasileiro que é professor universitário, é casado com Vera (Letícia Sabatella), deputada estadual bem-sucedida. Horácio se vê envolvido acidentalmente na captura de um famoso ladrão da cidade, o que lhe confere fama instantânea. Confuso diante da fama e do assédio feminino, Horácio se vê em uma crise de meia-idade e fala a sua esposa que gostaria de experimentar outras mulheres na cama, que sempre teve esse desejo. Vera, naturalmente fica ressentida, cheia de ódio e vê sua vida virada de cabeça pra baixo quando articulações políticas a fazem ser candidata a prefeita aproveitando a fama repentina de herói de seu marido. O filme todo é sobre esse enredo – sobre as consequências das verdades ditas por Horácio. As consequências de amar, ser amado e consequentemente rejeitado. Um amor estranho com desejo de outros. Apesar de uma temática um tanto simples, o filme se perde em determinado ponto e não há remendo de história que o conserte. É notável que as cenas foram gravadas em diferentes épocas pelo cabelo da atriz visto que os cortes de cenas entre cabelos longos e curtos se alternam bastante. Do meio para o fim pareceu um filme todo montado no recorte de cenas esparsas, o que é uma pena visto que é uma história um tanto poética sobre o amor e suas consequências de verdades ditas. É um filme Cult para quem curte, mas nada impactante e surpreendente. O final decepciona um pouco apesar de esperado pelo recorte de cenas.

Crítiba por Michelle A. Roque

Assista ao trailer: